Nicolau, ou Nico como todos
chamavam, tinha cinco anos quando percebeu que a vida poderia ter mais
significados do que brincar. Ele viu que a vida era uma festa. Sempre que
podia, mesmo ainda jovem, participava das celebrações familiares frequentes e com
muita alegria ele se divertia ao modo dele. Com o passar do tempo, isso virou
rotina, pois se sentia muito à vontade, já que essas festas eram quase sempre
realizadas na casa de seus pais. O público era composto quase sempre por
familiares, embora que alguns amigos agregados pareciam mais próximos que
muitos parentes. Isso pra ele não tinha problema, sempre se relacionou bem com
todos, mesmo ainda muito jovem. Talvez pela tenra idade, ele não se lembra dos
preparativos, muito menos do início das festividades, mas em sua memória sempre
estavam os sorridos e gargalhadas animadas dos presentes. E o fato de ser muito
jovem, nunca permaneceu até o final da festa, uma vez que uma madrugada pra ele
era longa demais e ele caia no sono quando a exaustão chegava em seu corpo por
ter aproveitado o melhor da festa brincando, comendo e, claro, dançando.
O tempo era algo que passava
devagar para Nico, seja em casa brincando, seja nas festas se divertindo. Era
algo mágico, que o levava para outro plano, onde não existiam broncas, castigos
ou expressões fechadas por algum ato não autorizado feito por ele. Havia uma
liberdade em que só se permitia sorrir.
Continua...
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