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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sotaques





Todos sabemos que vivemos num país de dimensões continentais. Temos inúmeras culturas, comportamentos, manias, vícios de linguagem e sotaques. Como cada região sempre há migrantes de outros Estados, sejam da mesma região, sejam de outras, a mesclagem disso tudo resulta em novas formas de comportamentos e atitudes. A televisão tem parte nisso em igualar algumas coisas, como ditar moda e alguns jargões bobos, inventados nas novelas que caem no gosto popular.

Uma coisa que me chama muito a atenção é a questão do sotaque. Temos cinco regiões, porém muito mais do que cinco sotaques. Aqui no Acre, no caso a capital Rio Branco, temos um sotaque peculiar, com um chiado discreto e algumas entonações vindas da colonização por parte de migrantes do Ceará que se estabeleceram aqui desde a época de ouro da extração do latex [matéria prima da borracha]. Mas mesmo assim temos uma mistura de sulistas, tanto do interior de São Paulo, como também do Rio Grande do Sul, que se instalaram no interior e muitos deles hoje são grandes fazendeiros anônimos.

Nota-se a diferença de entonações de acordo com a região da capital. Embora aqui não seja uma cidade de grandes proporções, somos um pouco cosmopolita, uma vez que se você frequentar os bairros mais humildes acaba observando que as pessoas têm um sotaque mais forte, carregado e com vícios de linguagem que prejudicam o entendimento. E o mais engraçado deles é a rapidez nas frases. Falar pausado? Nem com lexotan! Já trabalhei numa empresa onde um motorista falava tão rápido que eu sempre pedia duas ou três vezes para ele repetir, e mesmo assim eu não filtrava direito o que ele queria dizer, resultando que minha dedução nem sempre era válida sobre o que ele expôs. ¬¬ Mas isso não é regra, pois educação e bom senso não escolhe classe social.

Por quê?
Explico...

Esses vícios de liguagem e entonações mais fortes não são "privilégio" das camadas menos favorecidas. Em ambientes mais diferenciados, nota-se em uma ou outra pessoa algo carregado e as vezes irritante, pois alguns gostam de alterar a voz para chamar a atenção, como se voz alta fosse sinônimo de status. E você olha com aquela cara de "ah, eu mereço isso". Fazer o quê? Pior são os nascidos e criados aqui no Acre, que têm o conforto e a disponibilidade de viajar com frequência e, mal passam uma semana no Rio de Janeiro ou no Campinas [interior de SP], voltam com sotaques dessas regiões, como se fossem nascidos lá. Seria trágico se não fosse cômico. Nessas horas dá vontade de falar um palavrão: POXA!

Saindo um pouco do extremo oeste e dando uma volta rápida pelo país, observamos que em cada região, há diferenciamento de sotaques. No Nordeste por exemplo. Lá no Ceará você ouve um tipo de palavriado e entonação completamente diferente da Bahia. Já Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe já têm um pouco de semelhança, talvez pela proximidade dos Estados e respectivas Capitais.

No Centro-Oeste, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás usam o "R" com um ar interiorano - capiria mesmo, diferente do Distrito Federal, onde usam um "R" mais seco. Escute Legião Urbana que você nota as palavras bem explicadas do Renato Russo e sem entonação, como os paulistanos do CPM-22!

No Sudeste, Minas Gerais é o mais diversificado. Em Belo Horizonte o sotaque explicadin é bem notado, mas no interior não se pronuncia palavras até o final. É muito curioso. Rio de Janeiro chia feito panela de pressão molenga e a entonação dá um ar de arrogância, mais notado ainda na capital. São Paulo, a cidade mais cosmopolita da América do Sul, ainda se nota as diferenciações dos nativos nascidos na capital para o interior do Estado. Brinca-se lá que sotaque com "R" dobrado e preguiçoso é caipira. Isso sem falar no jeito sigular dos paulistas e paulistanos de engolir o "S" nas palavras em plural. Está duvidando? Preste atenção nas estrevistas do Lula [embora seja de origem nordestina, reside há muitos anos em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo]. Espírito Santo mistura um pouco do RJ, MG e BA, uma vez que fica "encolhido" entre os três Estados.

No Sul, região mais bairrista de todo o país, a colonização européia dominou a etnia e dividiu a forma de falar da região nos três Estados. Se bem que Paraná e Santa Catarina têm um pouco de similaridades, porém com gírias e vícios de linguagem distintos - todos conhecem a expressão "leitê quente que dói nos dente". Já o Rio Grande do Sul segue uma mistura com pronúncias bem feitas das palavras, mas com uma certa cantoria que eles negam ter. Né? Bah, guri!

E, finalizando esse passeio, retorno para a Região Norte, começando por Rondônia, colonizada por paranaenses que ajudaram o Estado a se desenvolver, mesclando a regionalidade nortista com o forte sotaque sulista. Pará e Amapá são próximos e chiam mais que panela de pressão. As vezes penso que a Xuxa, embora gaúcha, chia como Paraense, poix o carioquêix dela é forxado demaixxx. No Amazonas encontramos chiados sim, mas sem o explicadjiênhou do Pará - peça uma galhiêinha caipira em qualquer restaurante lá que você será bem atendido e entendido! Roraima [leia-se Roráima] acaba sendo influenciada pelo Amazonas, uma vez que não há outra saída para o resto do país, somente pelas fronteiras estrangeiras. E uma coisa é certa... todos os Estados da Região Norte têm um forte tom anasalado.

Ei machorréi!
Essa volta me deixou zonzo demais da conta, meu rei.
Barbaridade, tá einteindeindo?

Vazei !!!!






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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

...f...r...i...o...




Tem coisa mais gostosa que um clima ameno, frio?
Há quem venere o sol. Tá, eu entendo... sol é benéfico para a natureza, os animais, para secar as roupas, fonte da vida, blá blá blá...

Mas eu não nasci para ficar exposto ao sol e calor. Cresci e ainda vivo numa região tropical úmida, onde o calor é intenso o ano inteiro, mesmo no período chuvoso. Agora, na estiagem, o clima fica seco, ocorre queimadas clandestinas na cidade e nas zonas rurais, onde a fumaça toma seu espaço no céu, modificando a coloração do sol no final da tarde... abafa tudo!

Clima ameno, ora sol fraquinho, ora nublado, ou o tempo fechado mesmo com aquele vento friozinho batendo no rosto.. é mara! No frio é melhor pra dormir, pra fazer amor [ou sexo mesmo], pra trabahar, sair com os amigos, com a pessoa amada, para caminhar, se vestir melhor, enfim... muita coisa pode se fazer no frio, uma vez que cansamos menos e não temos o perigo de suar. Claro, tem o lado negativo -> sair do banho ou acordar cedo. Ninguém merece.

Com o aquecimento global, as frentes frias não chegam mais com tanta força para permanecer por alguns dias aqui an região oeste do país. Antigamente tínhamos perídos de uma, duas, até três semanas com frio direto, temperatura em torno de 22° durante o dia e 15° à noite - com algumas baixas de 12° a 6°. Hoje até temos essas baixas de 15° a 12°, mas por no máximo 72 horas. Felizmente ainda temos esse pequeno perído, pois ainda dá pra curtir uma temperatura gostosa - ruim pra quem não tem.

Aos que gostam do frio, que curtam com os seus agasalhos prefefiros, sem esquecer aquele cachecol fashion. Já pra quem curte calor, que se derreta ao sol e se banhe com filtro solar pra não ganhar aquele básico câncer de pele ou manchas. Poderia citar outros tantos motivos sobre como apreciar o frio, mas deixo para vocês usarem sua imaginação - ou não!

Por hoje é só!

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Reencontro




É tão bom reencontrar pessoas importantes na nossa vida...

Hoje mesmo chegaram na cidade dois grandes amigos vindos de lugares distintos. Um deles da Itália e a outra de Brasília... ambos vieram rever a família e os amigos. Melhor de tudo é receber a ligação de ambos querendo me ver.

Escrevi no outro blog que participo sobre as pessoas que entram na nossa vida somente para fazerem volume... de fato muitas delas apenas querem ser notadas, outras tantas não tem tanto a oferecer e se esvaem. In e felizmente poucas realmente conseguem ocupar um lugarzinho em nossos corações. São aqueles que não te cobram, não te julgam, não te mendigam atenção, simplesmente porque já são especiais. Isso é bom, pois se pra mim eles são especiais é porque tenho a certeza de que a recíproca é verdadeira.

Sejam bem vindos aos que regressam e aos que estão apenas de passagem, amigos do coração.

Saudades dos que estão longe.

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PVH




Dia 6 de agosto (neste ano de 2009 caiu numa quinta-feira) é feriado estadual aqui no Acre [Revolução Acreana]. E como estava cansado das opções de lazer daqui da minha terrinha, enforquei a sexta-feira e fui com mais dois amigos me deslocar por "míseros" 530 km [+ balsa] de carro até a capital vizinha: Porto Velho. Uma cidade com 400 mil habitantes - Rio Branco tem 320 mil. Num português claro, PVH é um pouquinho maior que RBR.



Já a conhecia em outras idas (carro, ônibus, avião) e sempre elogiava a vida noturna daquela cidade, uma vez que as pessoas de lá realmente gostam de se divertir. De fato gostam mesmo, pois às 7h da manhã de domingo alguns bares ainda estavam com um considerável número de bêbados, ops, pessoas consumindo bebidas alcoólicas. Enfim... nada contra!

V
amos lá:

C
omo aqui em Rio Branco ainda não dispomos de um shopping center [previsão de abertura daqui a um ano - tomara], Porto Velho saiu na frente. Mas e daí? Um shopping? O quê que tem demais? Bom... não sei vocês, mas eu gosto de "bater-perna" em shoppings [saudade de SP], olhar vitrines, fazer compras, ir ao cinema, comer um Mac, tomar um café, enfim... lazer urbano. Embora não seja um shopping onde você se perca, mas o tamanho é bem razoável, assim como sua estrutura e decoração interna são agradáveis e confortáveis. Depois de 6 horas entrando e saindo em lojas, comprando (ou querendo comprar), comendo, tomando sorvete e quase tomando um café (não tinha chantilí ¬¬), pegamos o caminho do hotel, pois a noite estava só começando.

P
orto Velho não é uma cidade difícil de se locomover (de carro), uma vez que sua estrutura física oferece ruas largas, em sua grande maioria de mão única e as vias duplicadas com poucos buracos (sério!) têm um fluxo bom, mesmo em dias úteis no horário de rush. Porém a falta de sinalização indicando ruas principais, avenidas, bairros, pontos turísticos (?), centro cívico e pontos de referência não fica nem a desejar, pois nem o mínimo disso você encontra. Só escapa mesmo uma placa quando se chega na cidade indicando o acesso à Porto Velho, a continuação da BR-364 sentido Cuiabá [MT] e o retorno para Rio Branco [AC]. Eu, escaldado, levei um pequeno mapa impresso no google earth com a localização do hotel onde ficamos e de alguns pontos a serem visitados... senão teria voltado pra Rio Branco e gastado dinheiro de combustível à toa. Ah... sem falar na falta de conhecimento dos próprios moradores, que não sabiam indicar a direção certa para algum local onde queríamos chegar. Não se vê pontos de ônibus - alguns postes com a plaquinha identificando e olhe lá. Mal se vê ônibus circulando na cidade, policiamento é ínfimo e a limpeza pública é duvidosa - ainda bem que não precisei de transporte coletivo. Sem falar nos poucos semáforos [alguns com defeito em cruzamentos movimentados] e na temperatura local. Eu sempre digo aos meus amigos que residem em outros estados/países que Rio Branco é uma cidade quente, mas a capital vizinha supera no quesito calor em excesso. Pra vocês terem uma idéia, a temperatura externa só vai reduzir após as 3h30 da madrugada. Já pensou? Rio Branco pode ser quente como for durante o dia, mas a noite temos uma temperatura agradável e uma brisa durante toda a noite. Porto Velho é pouco arborizada e tem um clima um pouco seco, com muita poeira e pouco vento - o que a torna abafada. Pessoas, não estou escrevendo aqui para depreciar a cidade. Por mais que Rondônia tenha dado incentivo às indústrias para o desenvolvimento do Estado, a sua capital ainda tem muito o que melhorar. Então, é levando no bom humor que estou fazendo essas observações, ok! Sem ressentimentos.

A
noite de sexta-feira estava só começando e saímos para a balada... ¬¬ Somente uma casa noturna (com música eletrônica) estava aberta e com preço do ingresso meio salgado (R$ 80,00), pois ainda teríamos a consumação mínima lá dentro. ps: Antes fosse uma The Week-SP  para poder ter um status de hype e cobrar um valor desse! Na mesma região ficam os barzinhos da moda e optamos por tentar conseguir uma mesa em um deles... sem chance. Descobrimos uma casa de strip-tease nas redondezas e fomos lá, uma vez que fazia um bom tempo que não entrava num lugar desses. Visão curiosa do local: caminhoneiros, gente tosca e gente "normal" - grande parte consumindo muita cerveja - em volta de um minipalco com um poste (sim, mas não era o da Alzira) onde as "beldades" se apresentavam em danças pra lá de sexuais, usando o poste como um falo erótico, pois pole dance mesmo eu não vi (saudades da Alzira). Uma delas fez um show à parte, circulando nas mesas com posições que fariam a ginasta Daiane do Santos ficar com inveja. Depois da "apresentação" da quinta garota, - era só o começo da noite! - revolvemos pegar o caminho de volta para o hotel descansar. Muita emoção para uma noite só.


D
ia seguinte optamos por tentar conhecer os balneários próximos à cidade [outra fama que faz PVH ser conhecida]. O mais famoso estava fechado devido ao rio ainda estar cheio e sua cachoeira impossibilitada de visitas. Achamos um "balneário" com um lago cheio de peixes e patos... a diversão foi dar migalhas de biscoito e cinzas de cigarros para ver os peixes pulando da água, pois tomar banho lá... é porque não dava mesmo! rsrs

A
noite chegou e os embalos de sábado a noite estavam só começando. Rodando pela cidade vimos muitos bares, botecos e tosqueiras e concluímos: onde tem cerveja o povo está consumindo. Fomos tentar outra casa noturna, que estava aberta [aleluia], nossa recepção foi ver dois seguranças levando um rapaz com o nariz ensangüentado para fora da boate. Pense... se foi assim na entrada, imagine lá dento! rsrsr - Bom, a casa não é lá grande coisa... tudo preto, sem conforto e bem quente - mais do que la fora! - o som não me surpreendeu, uma vez que todas as músicas que ouvi lá eu já tenho no meu case de cds. Quando tentei dançar um pouco, vejo uma aglomeração perto de mim e um circulo formado: duas garotas se pegando no chão, onde os seguranças demoraram a desatar o nó pois uma não largava o cabelo da outra. Não me controlei, tive que rir dessa baixaria. Depois de um hora num calor infernal, uma vez que os condicionadores de ar splits, assim como os exaustores eram como pingüins de geladeira, resolvemos tomar um ar e não retornamos, pois já tinha visto demais para uma noite só. E olha que eu queria só me divertir.

D
omingo chegou e a estrada nos esperava após o almoço... antes de pegarmos os 530 km + balsa sentido oeste de volta pra casa, ralamos para achar gelo em cubos e uma loja de conveniência que oferecesse algum lanche ou derivados, refrigerante e água para levarmos no isopor no carro - perdemos quase uma hora só em procurar algum lugar aberto - a cidade já não oferece muito, e neste domingo eu me senti em dia de finados, pois quase não vi restaurante aberto ou lotado em pleno dias dos pais! Em meio ao quase insuportável calor Rondoniense, seguimos viagem com muito protetor solar até a famosa balsa do Rio Madeira com Abunã... apesar de ainda não ser território Acreano, mas a proximidade com a terra natal [ja estávamos na metade do caminho] já fazia nos sentir em casa, pois tinha vento!

Tirei uma conclusão muito verdadeira sobre isso tudo: não vou reclamar mais das opções de lazer, do clima, das baladas e da estrutura física e turística da minha cidade, uma vez que viajar para um lugar que não te oferece mais que apenas um shopping center, realmente é melhor consumir/gastar por aqui mesmo. Não posso fazer uma lista de comparações, pois mesmo com todas as mazelas que a minha cidade (infelizmente) ainda tem, ainda prefiro residir nela do que na capital vizinha - que no máximo utulizarei como um passeio para compras, quando não houver opção melhor.

N
ão vou mentir... Queria me sentir o Álvaro Garnero pra poder dizer que esse passeio foi marcante. Foi bom pela aventura, pois viajar mais de 1.000 km de carro não é mole não. Meu bolso soube muito bem disso. rsrsrs




Mas em breve [espero eu] estarei contando sobre a minha próxima viagem para algum lugar perdido nesse estado / país / planeta / universo !!

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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Encanto e Des-Encanto





Tem horas que o silêncio é a melhor forma de agir em determinadas situações. Às vezes confiamos nas pessoas que nos abraçam, dão tapinha nas costas, nos incentivam, mas algumas delas não sabem a hora de ouvir, de analisar, de pesar o que realmente importa: a essência. Todos temos temperamento distintos, só que muitas vezes o ego auto-suficiente faz com que esqueçamos de perceber a hora de recuar, de ouvir o outro lado, de ceder, de confiar, de fazer valer um sentimento que precisa ser cultivado, respeitado e alimentado todos os dias: a amizade.



Encantamos-nos com o novo, com o que ele pode nos proporcionar, mas não podemos esquecer que os bons e leais amigos estão lá para nos prestar qualquer ajuda necessária, seja simplesmente dando uma oportunidade de ser ouvido. Balada, barzinho, isso é coisa de quem prefere viver só - mesmo sem perceber, comprando companhias para dizer que está bem acompanhado. Eu não preciso disso e nem procuro algo do tipo.



Acreditar em tudo o que se vê na primeira impressão pode causar alguns transtornos e as vezes sérios prejuízos, pois nosso ego torna-se frágil, pequeno e insignificante, nos deixando encantar pelo que pode ser perigoso. Valorizar o que é bom, correto e fundamental é tão difícil para as pessoas... mas ainda assim, simples. Elas que não querem assimilar isso.



Escrevo tudo isso meio sem explicação pelo fato de presenciar indiretamente uma cena tocante, onde a vaidade, o orgulho de certas pessoas causou frustrações e rancores em outras. Não preciso entrar em detalhes, até porque não vem ao caso, mas é de se deixar indignado quando um lado não consegue se defender porque o outro não quis deixar, por pura vaidade, infantilidade e conveniência. Direito de resposta? Não houve. Deveria quando havia – pensava eu - unidade e compreensão, o que não foi.



Fim de ciclos, início de outros. Eu disse uma vez que é difícil crer em crenças – de fato é mesmo. Disse também em outro texto mais antigo que me decepciono muito com o ser humano, que cada vez mais se torna mesquinho, individualista e que o que interessa mesmo é apenas seu benefício próprio. Me dói tentar ser coeso nas palavras para poder ser entendido aqui, pois muitos dos que lêem aqui não deve estar entendendo nada.



Mas deixo um recado a quem tem amigos fiéis e leais de coração, sem interesses dissimulados: preserve-os. Não deixe de ser você mesmo, tendo suas convicções, qualidades e defeitos, pois se eles realmente amam você, seus valores não vão prejudicar a relação. Isso também vale com você, pois seus amigos também têm princípios e valores diferentes – e você os ama mesmo assim, respeitando-os. Porque algo os une: sintonia. Essa chave de ligação não precisa ser desfeita quando algum atrito houver, uma vez que um bom diálogo de mente aberta e cabeça fria pode ser a melhor alternativa para uma resolução.



Aos que o decepcionou, só lamente a falta que VOCÊ fará a eles, já que quando se tem a consciência tranqüila de que seus argumentos são válidos e embasados, o resto é conversa mole de quem tem medo de ouvir o que não quer, só falando o que quer.


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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Porque prefiro a noite.



A noite tem mistérios, é instigante, atraente, lúdica, envolvente, ardente, tranquilizante e surpreendente. Colocaria mais adjetivos, mas iria cansar até pra mim.

Gosto da noite pois não tem sol... dããã, que descoberta! Mas veja só: o sol queima a pele e não sou obrigado a ficar melecado de filtro solar. Na noite é diferente. Ela tem um clima mais ameno, tem o ar de mistério, do que pode vir a acontecer, de bom ou ruim... eu torço pelo bom, CLARO!

A noite cansa menos minha vista... pra um astigmático e hipermetrópico como eu a noite só descansa meus olhos... o chato são os faróis dos carros, mas nada que um óculos com lentes amarelas para quebrarem o excesso de claridade desses faróis.

Já diz a frase "na noite todos os gatos são pardos"... bem escrito, pois nela não podemos ver as imperfeições externas das pessoas, principalmente na pele - salvo nao vendo perto demais. Na noite as pessoas procuram se vestir para se mostrarem. Não há quem se vista pra si, sempre tem um motivo: causar! Voltando à pele... na noite, seja branco, pardo, amarelo ou negro, nela você é apenas mais um(a) gato(a) solto(a). Adoro felinos, pois são notívagos.

O crepúsculo [pós pôr-do-sol] é o período mais interessante da chegada da noite... pois nele ainda não se define dia, nem noite. Detalhe: ruim é dirigir nessa hora, pois as cores não são definidas e tudo vira "burro quando foge" turvando a qualidade da imagem refletida em nossos olhos. rsrsrs... Mesmo assim é fantástico apreciar o céu nessa hora. Fora do carro, de preferência.

Há dois horários místicos na noite: meia-noite [a vidada da data] e três da manhã. Ninguém comemora Natal e Reveillon ao meio dia, muito menos uma serenata de aniversário/namoro é feita nesse horário, rá! Na meia noite acontece a transformação, a renovação ou simplesmente o início de algo, seja até mesmo o início da balada. Já o horário das três horas, segundo os místicos, é a hora mais energizada da noite/madrugada, onde os espíritos estão em todas as partes, usando suas energias para o bem ou para o mal. Pé-de-pato-bangalô-três-vezes!

Quando estamos cansados, a noite é a melhor companheira para um bom descanso, seja com míseras 4 horas de sono - as vezes comigo, até 10/12 horas diretas relaxando num transe profundo. Mas eu digo... 4 horas de sono ninguém merece, é muito pouco! Não há sono melhor do que o da noite, nem a siesta mais relaxante numa tarde ventilada se iguala.

As baladas têm mais sentido na noite... a música alta, os jogos de luzes, gente produzida, enfim. Não condeno as raves, pois também são baladas que começam na noite, ou num crepúsculo, atravessam a madrugada e seguem durante o dia. É na noite que as baladas acontecem.

Na noite temos a Lua, que por si só dispensa comentários. O sol não tem quatro fases, nem infuencia as marés. Não questiono seu valor em nossa vida, pois é nossa fonte de energia para nos manter vivos, mas aqui a noite é a protagonista do texto.

As plantas que se mostram na noite, os animais que caçam na noite, os filmes que apresentam grandes histórias, geralmente à noite, as "estrelas cadentes", os planetas, o infinito...

Esses e outros tantos fatores são alguns dos inúmeros motivos que me fazem admirar a noite.

Tá bom... ?


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