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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Viver não dói







“Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável.  O sofrimento é opcional.” 


Carlos Drummond de Andrade

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Lay Out




Experimentando...

Ainda faltam alguns pequenos ajustes.
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E aí?

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sábado, 5 de junho de 2010

I chose myself




Dias nublados me deixam pensativo... e nada melhor do que pensar na vida, nas coisas que fizemos, nas conquistas, nas derrotas, nas gafes, nos medos, nos desejos, nas frustrações e nos sonhos.

As vezes me pergunto até quando podemos ser honestos com nós mesmos. Não é facil ser eu mesmo 24 horas por dia. Não que eu me esconda numa máscara - já falei disso aqui - mas é que somos forçados a nos encaixar nas situações da vida que as vezes fica sufocante não poder gritar, espernear quando podemos.

Dar a cara a tapa é para poucos. Não tenho essa coragem para tudo. Sei dos risco e consequências que me causaria se fizesse tudo o que me vem à cabeça. 

Não quero ser anarquista, nem pregar a libertinagem, mas fazer o que gosta nem sempre é o que o nosso mundo diz que é 'o certo'. As vezes, sem querer, criamos uma imagem para as pessoas que acaba nos assustando, pois não nos damos conta disso. E quando essas pessoas têm a oportunidade de nos conhecer, começam a ver os defeitos e toda aquela imagem lírica que elas tinham em mente se desfalece com um castelo de cartas.

Estou aqui pra agradar me agradar. Só quero ser eu mesmo com todos os prós e contras. Não sou perfeito e nem quero ser, pois os perfeitos são mais cobrados do que os imperfeitos e não nasci pra ser colocado num altar.

Quero viver minha vida em paz, só isso.

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