Como cidadão, venho expor meu ponto de vista sobre essa
mudança de fuso horário no Acre e parte do sul do Amazonas. Na verdade, pouco
me importa se quem venceu foi o povo ou se quem perdeu foi a imposição arbitrária
da mudança naquela época. Uma mudança desse tipo, que envolve 100% da população,
merece ao menos uma divulgação esclarecedora, independente de vaidade ou de
birra. Envolve profissionalismo, respeito com o cidadão. Não falo por quem se
vira para saber como serão essas mudanças. Falo da classe sofrida que mal sabe
digitar os números na urna e está confusa em saber o que vai ser de sua rotina ser
quando o fuso voltar ao que sempre foi. O fuso horário do Acre. Essa gente,
caros “representantes do povo”, que depende mais das novelas e dos bancos para se
guiarem no cotidiano, não sabe nem se vai ter que acordar mais cedo ou mais
tarde.
É simples para quem tem discernimento do assunto. Mas para essa
classe, não.
Como pode um fuso horário no estado inteiro, ou seja, uma
mudança real para uma região com quase 800 mil habitantes ficar à mercê do que
uns populares dizem por aí, das redes sociais e meia dúzia de jornais. Cadê os
representantes do povo? Que representação é essa? Vão deixar os ideais políticos
irem além de suas obrigações? Para quê mesmo que vocês foram eleitos?
Me sinto envergonhado pelo Estado que vivo e sobrevivo. Pago
minhas contas, meus impostos como muitos, centenas, milhares de outros cidadãos
que suam para ter o mínimo de conforto, teto, comida e dignidade.
Não, não vou chorar mágoas passadas. Quem dependeu do
Governo do Estado do Acre para trabalhar, ganhar seu salário e depois ser
despejado sem sequer se importar com o histórico profissional, tem sim muito que
falar. Mas isso não vem ao caso.
Escrevo aqui procurando adjetivos que possam se encaixar ao
que eu gostaria de expor para finalizar tamanha falta de zelo com todos nós.
Mas não consegui achar. Para mim, a falta de RESPEITO com os cidadãos do Acre
poderia ser usada inúmeras vezes aqui, sem parecer repetitivo.
No mais, pelo jeito que as coisas andam, é cada um por si, cada
um se vire e que faça sua parte. Enquanto uma minoria que representa o povo prefere
que ele continue burro e dependente (que historicamente é cômodo para o pleito
eleitoral), outra minoria luta (da qual faço parte) para que um dia isso mude,
por mais utópico que pareça.
E volta (quase) tudo ao que era antes. Quase, pois muito se perdeu pelos caminhos dessa confusão.
Boa sorte, pessoas.
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Um comentário:
Queria q vc estivesse no mesmo fuso que eu...
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