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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Mundo é de todos e não é de ninguém





Com o avanço da tecnologia, as redes sociais vieram pra ficar e não vão parar de surgir quem queira aparecer de qualquer jeito. E não testou falando de exibicionismo corporal, pois isso já existe desde que inventaram as revistas de moda. Falo do exibicionismo de opinião.

Sim, o grande mal do século é o uso excessivo das palavras, que é inversamente proporcional à falta de leitura de conteúdo, da procura pela informação coesa, correta e, sem esquecer, a perda do respeito pelo próximo.

É notório o escracho verborrágico das pessoas em detrimento da ridicularização, da “zoeira sem limites” que beira a insanidade. Entenda que nem sempre o outro lado está a par, ou se está, as vezes não é por vontade própria.

Voltando ao assunto, criticar antes de entender a situação de fato se tornou tão banal, que quando há um esclarecimento do ocorrido, já não importa mais, uma vez que ninguém quer saber mais, já virou notícia velha.

É isso que acontece hoje em dia: tudo tão efêmero, que a ânsia pelo novo parece mais uma competição num campo de guerra, ao invés de observar, analisar, procurar entender o ensejo como um todo e, aí sim, tirar suas conclusões e opiniões.

Ninguém quer saber o que realmente aconteceu. Hoje, quase todos querem ser editores-chefes das redes sociais, sem o menor pudor, pois estão protegidos atrás da tela, usando de um senso crítico pejorativo e sagaz, enchendo o peito de orgulho, como se isso fosse uma qualidade ímpar. E ai de quem se opor!

Essa nova geração, salvo poucos que preferem não se encaixar nesse nicho de massa que teima em não crescer intelectualmente/culturalmente, vai se degradar a tal ponto que não se pode nem prever como isso pode impactar em nosso dia-a-dia.

Só nos resta... ter esperança?

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sábado, 16 de julho de 2016

A imposição do medo






Sempre vejo, em várias situações do nosso cotidiano, mães, irmãos mais velhos, avós ou até amiguinhos mais espertos (?) usarem uma chantagem que – hoje – eu não vejo a menor graça, principalmente pela função que ela se propõe às crianças.

Vamos aos exemplos:

“Eu tô indo embora, se você não vier, vai ficar sozinho aí!”
“Sai daí, senão o bicho vai te pegar!”
“Fica aí pra você ver só o que acontece!”

Já ouvi e já presenciei tanto isso que hoje eu percebo o quanto esse comportamento pode afetar o intelecto e até a personalidade de uma criança. A imposição pelo medo – do perigo de ser atacado por alguém/algo ou de ser abandonado – não é legal. Pode parecer bobo, mas não é.

Não tô aqui querendo falar de pesquisa científica ou citar trechos psicopedagógicos. Apenas vim trazer esse assunto para ser pensado. Será que não é bom ficar/estar sozinho? Por que não? E se o bicho que aparecer for dócil e amigável? Por que não esperar pra ver realmente o que acontece?

Claro, há situações e situações. Mas no geral, pessoas, essas 'frases' são usadas como uma forma de burlar o que deveria ser dito de verdade, com seriedade, atenção e tratando a criança como um ser que, mesmo sem a maturidade devida, possa raciocinar sim, por mais que o universo dela seja fantasioso.

Não, eu não tenho filho e ainda não faz parte dos meus planos. Mas sinceramente, se eu tivesse, iria me policiar muito para não cair nos erros grotescos de uma criação baseada no medo, na chantagem e na cobrança exagerada.

Aquela máxima do “não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você” é sempre bom ser relembrada. As vezes alguns traumas vêm da infância e nem sempre são corretamente tratados e/ou resolvidos. Reflitam.

Bom, era o que eu tinha pra dizer.

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