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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Objetos Anônimos Não Identificados



Todo blogueiro se sente feliz quando aparecem comentários, sejam positivos ou negativos, claro, todos com relação aos textos publicados e sempre identificados.

Pessoas, uma coisa que irrita é o comentário anônimo depreciativo!

Não sou obrigado a publicar uma crítica (ainda mais sendo negativa) de um objeto-anônimo-não-identificado.

É muito cômodo criticar, falar mal por não ter gostado do teor, da forma da escrita, das expressões usadas, ou mesmo do contexto apresentado. Não sou jornalista formado. Apenas uma pessoa comum que gosta de expor suas idéias, sejam elas erradas ou não. Mas dou minha cara a tapa para as críticas, uma vez que as observo e filtro o que pode me servir para melhorar na forma de abordar assuntos diversos. Agora, receber crítica e não saber de onde vem? No way!

Não me escondo atrás de uma identificação anônima!

Também não preciso de ibope, pois gosto dos visitantes cativos e até dos aleatórios que as vezes lembram que tem um cantinho para ler sobre qualquer coisa que possa ser interessante. Aqui é o meu cantinho! Então, anônimos, suas críticas vão ficar no vazio.

Termindo aqui com um clichê que no geral funciona que é uma maravailha:

"Sua inveja faz o meu sucesso!"

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Qual o seu propósito de hoje ??



Não fossem os sonhos, a vida não teria sentido.

Não falo de sonhos quando dormimos, mas de sonhos conscientes, de desejos, de projetos, planos, anseios...

Todos os dias quando acordo penso que o dia pode me proporcionar alguma coisa boa para meu crescimento e/ou amadurecimento. As vezes é difícil acreditar nisso, quando se vive na rotina, mas é necessário não desistir. Deixar que o destino faça a sua parte não dá certo... temos que dar uma forcinha também.

Percalços fazem parte do nosso dia-a-dia, talvez para nos testar, testar nosso humor, nosso poder de percepção em assimilar tudo o que acontece em nossa volta e - aos antenados - tirar um bom proveito/ensinamento disso tudo.

Cada um de nós acorda com um propósito, seja para a obrigação de "fazer valer" o salário no fim do mês... ou estudar para alcançar algum objetivo/propósito melhor... ou mesmo apenas para viver, aproveitar a vida, o que ela tem de bom.

Eu ainda vou entrar nessa 3ª opção, ah se vou!

E você, qual o seu propósito de hoje?



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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Anormal? Por quê?







Como estamos na Semana da Diversidade aqui no Acre [15 a 20/09], esse texto é direcionado à família, no qual os pais não compreendem o fato de seu filho (ou filha) ser homossexual. Embora o mesmo não tenha sido enviado a nenhuma, cabe aqui como uma visão dos amigos que tentariam ajudá-lo, errando ou acertando nas palavras.





Não estou aqui levantando bandeira, mas aprendi desde a infância [com meus pais] que o respeito deve existir sempre, seja aonde e com quem for, independente de classe social, cor, crença ou orientação sexual.










CARTA PARA O PRECONCEITO FAMILIAR MATERNAL/PATERNAL





a.nor.mal adj m+f (a4 +normal)
1 Filos. Que foge do ideal, do arquétipo. 2 Estat. Que se afasta dos valores mais freqüentes, ou do tipo médio observado. 3 Que faz exceção à regra comum; anômalo, irregular. 4 Diz-se da pessoa cujo desenvolvimento físico, ou intelectual, ou social é defeituoso. s m+f Pessoa que não é normal. Antôn: comum, normal, regular.
[Dicionário Michaelis]








De certo todos somos anormais, pois o ser humano é diferente por natureza. Não somos e nem podemos ser iguais, pois senão o que seria do doce, se não fosse o salgado? O que seria do branco ou do preto se não fossem todas as outras cores? Enfim, seriam muitas e muitas perguntas para se refletir e não chegaríamos à conclusão alguma, pois é a diferença que nos faz únicos. O ser humano é único por ter um código genético pré-estabelecido desde sua formação. Nossas digitais, nossa íris... todo esse conjunto chamado de máquina/corpo humano nos faz individuais. O fato de ser único no meio de seis bilhões e trezentas milhões de pessoas no mundo nos torna especial, nos torna amados ou odiados, nos torna atraentes ou repelentes. Somos iguais como seres humanos, porém não somos iguais como pessoa, como intelecto.





Dentro dessa perspectiva nos cabe pensar que somos diferentes sim! Temos algo especial. Somos capazes de ser memoráveis, somos capazes de ser apreciáveis (ou depreciáveis em alguns casos). Mas o que conta é que somos um ser.





Se eu gosto de azul e você gosta de verde, por que brigarmos por isso? Nossa forma em apreciar gostos é que faz toda essa diferença. Se eu gosto de café e você de chá, não vai nos fazer inimigos. Se eu sou bem sucedido pelo esforço diário e você ganha todos os bingos por pura sorte, não vai fazer diferença, a não ser que você seja invejoso – o que não é o caso!





O mal do ser humano é a falta de entendimento das coisas. O estranho, o diferente, o que não é regular, o dito “anormal”, que não é “o certo perante a sociedade” (hipócrita como sempre foi), nos faz ignorantes, muitas vezes violentos. Não vou brigar com uma pessoa eu sendo espírita e ela evangélica. São opiniões, visões, crenças diferentes. Grandes líderes provocam guerras por fazer seu povo acreditar que seus valores, suas crenças são as “corretas” e condenar o país vizinho, por ter outras convicções. Pra quê? Pra que tanta intolerância se somos diferentes desde que nascemos? A natureza nos fez diferentes não para desavenças. Não mesmo!








Então pense... pense...







Pais e/ou mães, vejamos o seguinte: Quando você pensou em se casar, pensou em ter filhos, você imaginou uma vida feliz, uma vida impecável, perfeita para que todos os seus amigos, todos os seus familiares fizessem o comentário que você sempre quis ouvir: “Que família linda! Que família perfeita!”. Mas você por acaso já viu alguma família 100% (eu disse cem por cento!) perfeita? Atire a primeira pedra quem já viu!





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Pois é... não existe perfeição. Existe sim o esforço, a dignidade de ser/estar vivo sem ter feito mal a alguém, de deitar no travesseiro com toda a tranqüilidade de ter vivido um dia produtivo, um dia que valeu a pena.





A “família perfeita” não tem dívidas financeiras, não tem dor de cabeça ou indisposição, não tem infiltração na casa, não tem lâmpada queimada, não tem poeira na calçada, não tem folha seca no jardim, não tem carro velho... Pergunte-se: eu já vi uma família perfeita?





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Não existe família perfeita. O que pode existir é maturidade numa relação familiar (isso inclui todos: pais e filhos), tolerância com as diferenças. E pode sim haver respeito, apoio, incentivo e amor para se aceitar tudo o que vier de bom. O fato de se ter um filho, um irmão que tem uma atração pelo mesmo sexo não vai torná-lo “anormal”. Vamos às questões: Se ele fosse um drogado e/ou um ladrão, te desrespeitando diariamente,  na certa você não iria aceitar. E se ele fosse o seu espelho, ignorando-o, desrespeitando-o, deixando de amá-lo quando ele mais precisa do seu apoio, do seu incentivo, do seu respeito, da sua compreensão?





Você iria querer ter um filho assim?





Tá, tudo bem... são casos e casos. Mas ninguém quer uma ovelha negra na família. iria preferir um filho que fosse o seu espelho, ignorando-o, desrespeitando-o, deixando de amelentes. É cultural isso. Vêm de longe, de crenças, de convicções, de conservadorismo, blá blá blá...





Não importa o gosto que ele tenha. O que importa é ele ser amado. O que importa é ele ser respeitado, o que importa é ele se sentir querido por todos. Ser um homossexual não quer dizer promiscuidade, não quer dizer doença, não quer dizer anormalidade.





Não estamos nesse mundo para dizer o que é certo, o que é errado sobre o que uma pessoa é ou não. Errado são os pais não estarem ao lado dos filhos quando eles precisam. Errado é ignorar o filho por achar que ele é anormal... (Anormal? Mesmo?) No fundo esse filho só quer um lugar ao sol. Vergonhoso é ter um dependente químico quebrando sua casa, violentando a todos, saindo pro mundo sem você ter noção de onde ele está. Vergonhoso é ter um filho ladrão, onde aparecem [ou somem] coisas na sua casa sem você saber a procedência. Vergonhoso é ter uma pessoa que não te respeita como ser humano. Vergonhoso é não aceitar que o simples fato de se ter atração por uma pessoa do mesmo sexo não o torna imperfeito, doente ou anormal. Ou você preferia que seu filho fosse ladrão, um assassino, um dependente químico, um psicopata?





O homem não nasceu pra viver só. O homem vive e sempre vai viver em sociedade. Se não há respeito, há injustiça. Se há injustiça é porque não há entendimento. O desconhecido gera medo. Quando é desmistificado, torna-se entendido, mesmo que não aceitável. Não se deixe levar pela incerteza do que você desconhece.





Nesse mundo que você não conhece é tão incerto como o mundo dito “normal” que você o vê no seu dia-a-dia. Nesse meio que você não conhece há sim promiscuidade, inveja, há gente que quer se dar bem às custas das fraquezas dos outros. Também há gente boa, gente que trabalha, gente que tem pai e mãe, também gente que não tem mais pai e/ou mãe, mas vive assim mesmo, se sustenta, trabalha pra comer, pra vestir, pra ter seu teto. Há pessoas de coração aberto, que se preocupam com os amigos, com o bem estar do grupo, que quer crescer profissionalmente, que faz faculdade, que sai pra balada, que vibra numa final de jogo esportivo, que chora num filme triste, que fica indignado com o preço alto dos alimentos, que gosta de ver o pôr-do-sol, que batalha pra se firmar nesse mundo cruel e competitivo como qualquer outro. No seu mundo “normal” também tem gente assim – te todos os tipos – boas ou más!!!





Agora se pergunte: Por que há esses dois mundos? Eu respondo: esses dois mundos existem porque vocês que não entendem que isso não passa de balela – de falta de conhecimento real - compreensão, já que não é nada mais do que o preconceito com o ser humano em si, pois o que seu filho ou sua filha gosta ou deixa de gostar é problema único e exclusivamente dele ou dela. Ame-o como ser humano, não porque ele se identifica com o que você acha não ser o correto, mas sim como cidadão – uma pessoa normal, igual às demais, tendo amigos que o valorizam e que gostariam que ele tivesse uma família que pensasse o mesmo.




Respeite as diferenças.

Respeite para ser respeitado.








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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Grande Pequena Cidade


É fácil para nós sempre criticarmos e colocarmos em voga os pontos negativos de alguma coisa. Não que queira, mas é necessário para que se melhore.

Moro numa cidade que tem pouco mais de 320 mil habitantes. De certo é uma cidade pequena, porém, pela falta de planejamento ela se torna apertada, como se tentasse crescer dentro de uma quitinete num prédio pequeno, mas com uma área de lazer gigantesca. Rio Branco é assim! Uma cidade com ares interioranos, em crescimento ainda lento, uma vez que o poder aquisitivo da grande maioria ainda é limitado, embora o governo do estado afirme que "a vida melhorou". Estruturalmente sim, só que no centro expandido e regiões escolhidas a dedo. Sempre há algo a ser feito, reparado ou melhorado - e muito.


Culturalmente ainda não se tem a percepção de preservação dos patrimônios públicos e privados. Os vândalos não têm em mente que é do próprio bolso dos pais (pois geralmente vândalo não trabalha) que sái as benfeitorias feitas à população. Isso sem falar do péssimo hábito de jogar qualquer tipo de lixo no chão. Me ferve o sangue quando vejo alguém jogando lixo pela janela de carro ou de transporte coletivo, como se a janela fosse uma lixeira. Mas tem os "do contra" que falam "mas os garis servem pra quê, senão pra isso?". Não fosse o excesso de lixo que poderia ser recolhido nos locais apropriados, eles, os garis, poderiam estar em lugares mais diversificados na cidade.

Falando em transporte coletivo (infelizmente ainda preciso disso), temos uma frota mal equipada, onde o que importa é a quantidade de passageiros e não a qualidade. Poucos ônibus têm acentos duplos em ambos os lados, as janelas só têm abertura na parte superior (aqui não é cidade fria), os acentos não são confortáveis e as linhas não seguem os horários corretamente, fazendo com que o motorista quase sempre seja xingado por algum passageiro que esperou além da conta - o que é constante.


O governo atual está tentando melhorar um problema diário - o trânsito, que poderia ter sido feito um planejamento sério e nas administrações passadas. A cidade está crescendo, assim como o volume de veículos também. Algumas vias foram duplicadas e reurbanizadas, porém ainda temos um fluxo lento nos horários de pico, sendo que é pior devido a falta de um planejamento simples, como a sinconização dos semáforos. Não precisa ser engenheiro de tráfego para perceber isso.

A questão de segurança pública é um problema nacional, ou seja, aqui não difere muito dos grandes centros, uma vez que há bairros em que não é recomendado nem passar por perto. Então não preciso citar ou repetir os problemas que todos conhecemos.


Os jovens de hoje não estão interessados em conhecer sobre o meio em que vivem. Só querem saber de sites de relacionamento, bate papos, sexo, drogas e baladas. E é por isso mesmo que me decepciono quando vejo pseudo-estudantes se comportando como completos insanos, já que não têm aprendizado em casa e os pais jogam toda a responsabilidade na escola. Ledo engano.

A vida noturna tem um leque muito pequeno a oferecer. Temos barzinhos bacanas. mas poucos. As casas noturnas têm decorações distintas, porém com som similar. Não há diferença de gênero (falo de música eletrônica) entre elas. Sem falar nos outros gêneros que ninguém merece ouvir dentro de uma boate, uma vez que já possuem outras casas exclusivas para tocar essas variantes, completamente fora do que se conhece por e-music. Então tanto faz como tanto fez ir para qualquer uma. O que difere é o valor do ingresso e o tipo de público. Ah, e o atendimento? Prefiro não comentar... ¬¬


Uma coisa que gosto de falar aos visitantes daqui é: "Temos uma gastronomia muito boa". Sim, temos! Desde o singelo PF [prato-feito] tradicional do Mercado Velho [vale conferir], no centro histórico restaurado às margens do Rio Acre [foto abaixo], passando pela culinária mundial (japonesa, mexicana, italiana, chinesa) até chegar nas junky-foods. Adoro McDonald, mas não troco o bom e saboroso sanduíche do Expresso [Toni, vou cobrar o merchand, viu!] por Big Mac algum. Não possuímos ainda uma comida, um prato característico do Estado, mas utilizamos da comida regional como um forte atrativo aos residentes e turistas. Do peixe à galinha caipira, passando pelos doces de cupuaçú e castanha cristalizada, nossos quitutes dão àgua na boca.

Temos alguns pontos turísticos na Capital - construções antigas, restauradas, parques e museus. No turismo ambiental, não oferecemos muito, uma vez que nossa localizaçao geográfica não ajuda. Possuímos parques com trilhas, mas não dispomos de cachoeiras e corredeiras. Temos Xapurí, terra de Chico Mendes, com uma região belíssima para o turismo de selva, no mato mesmo! Brasiléia, porém, fica numa região de Zona Franca - fronteira com a Bolívia, com um comércio ainda pequeno, mas muito frequentado pelos moradores da capital em feriados prolongados, já que oferecem pousadas muito confortáveis - em ambos os países. Atrativos naturais mais interessantes já ficam em regiões bem mais distantes de Rio Branco, onde o acesso fica restrito aos barcos ou aviões de pequeno/médio porte.


Estamos no extremo oeste da Região Norte. E embora distante do resto do país, o Acre existe sim! e ainda tem muito o que crescer/oferecer. o Estado é jovem, tem 47 anos de emancipação política. Mesmo com algumas limitações, ainda assim vale conhecê-lo. Afinal de contas, grandes personalidades conhecidas mundialmente - boas e ruins - nasceram aqui - algo de diferente e peculiar nós temos, não é!? Então... se você acha que é bairrismo? Que nada, Acre é Brasil também !!


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