Quem me conhece sabe que sou fã das obras do escritor John
Ronald Reuel Tolkien e que a trilogia O Senhor dos Anéis é um dos meus filmes
favoritos, sem esquecer do livro. Deixando a demagogia de lado, é sim uma
história mítica, mágica e envolvente, com riqueza de detalhes que o diretor
soube (e as vezes até exagerou um pouco) retratar da forma como Tolkien
descrevia nos livros. Sim, o escritor detalhava até os jardins de Isengard em
um dos capítulos do livro. Mas o que vem ao caso é a história em si.
Como já perdi as contas das leituras e das vezes que
assistiu a trilogia O Senhor dos Anéis e mesmo os 2 primeiros filmes de O
Hobbit, pra quem é fã, é sempre uma visão diferente a cada leitura ou visualização.
As observações críticas vão ficando mais suaves e mesmo quando me deparei em algumas
falhas, elas são irrelevantes, e muitas delas foram explicadas nos dvds de extras
da trilogia passada.
A sensação que tive ao ver os créditos subindo e ouvindo
a música The Last Goodbye (interpretada pelo ator Billy Boyd, o "Pippin") no filme “O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos” fiquei por alguns minutos
refletindo sobre tudo: filme, história, mensagens, lições, erros, acertos, enfim... É como se
eu tivesse me despedindo de algo que de certa forma foi meu. Sim, meu como fã.
Quem é fã se acha um pouco “dono” da história, pois viveu de perto como leitor/expectador
toda a aventura, torcendo, rindo, com raiva... e principalmente se emocionando.
Sim, são histórias de lutas, de superações, mas com cargas dramáticas bem elaboradas tão bem nos
livros, que Peter Jackson soube fazer nossos olhos marejarem várias vezes em seus filmes.
Tecnicamente falando, a produção se esmerou tanto em
deixar essa trilogia atual o mais perfeito possível (HD, 3D, etc) que em certas
horas parecia mais um vídeo game de última geração do que um filme épico
(principalmente a segunda parte: O Hobbit
– A Desolação de Smaug). As batalhas no terceiro filme são envolventes, com algumas
pausas que nos fazem respirar e as vezes até perder a respiração. Porém em boa
parte achei mais do mesmo – sem grandes surpresas, mesmo já sabendo da
história. E olha que nos livros “O Hobbit” e “ O Senhor dos Anéis” elas são
contadas com riqueza de detalhes. O diretor cometeu algumas falhas durante a
sequência (não vou falar quais - adivinhem vocês), mas que no geral conseguem
passar quase que despercebidas. Quase.
Não vim aqui defender com unhas e dentes os livros e os
filmes. Vim aqui dizer que, se você gosta de histórias que falam de compromisso,
amizade, lealdade, amor, compaixão e também de inveja, ganância e outros males,
assista as trilogias com um olhar mais apurado, vivendo a fantasia, mas
observando as mensagens que Tolkien deixava subentendidas.
Terra Média, pra mim, é um mundo paralelo que existiu sim.
Tolkien trouxe pra nós em forma de palavras e Peter Jackson as transformou em
imagens. Vale ler cada página e assistir cada minuto dessa história.
"Eu não direi não chorem, porque afinal nem todas as
lágrimas são ruins."
— Gandalf (O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei)
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Um comentário:
eu não curti muito o senhor dos anéis, mas achei o hobbit bem bacana! vi os três no cinema e gostei. a música que achei muito boa é aquela ao final do segundo, 'i see fire'...
ei, o raileronline está com postagens novas! aguardo sua visita!
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