É fácil para nós sempre criticarmos e colocarmos em voga os pontos negativos de alguma coisa. Não que queira, mas é necessário para que se melhore.
Moro numa cidade que tem pouco mais de 320 mil habitantes. De certo é uma cidade pequena, porém, pela falta de planejamento ela se torna apertada, como se tentasse crescer dentro de uma quitinete num prédio pequeno, mas com uma área de lazer gigantesca. Rio Branco é assim! Uma cidade com ares interioranos, em crescimento ainda lento, uma vez que o poder aquisitivo da grande maioria ainda é limitado, embora o governo do estado afirme que "a vida melhorou". Estruturalmente sim, só que no centro expandido e regiões escolhidas a dedo. Sempre há algo a ser feito, reparado ou melhorado - e muito.
Culturalmente ainda não se tem a percepção de preservação dos patrimônios públicos e privados. Os vândalos não têm em mente que é do próprio bolso dos pais (pois geralmente vândalo não trabalha) que sái as benfeitorias feitas à população. Isso sem falar do péssimo hábito de jogar qualquer tipo de lixo no chão. Me ferve o sangue quando vejo alguém jogando lixo pela janela de carro ou de transporte coletivo, como se a janela fosse uma lixeira. Mas tem os "do contra" que falam "mas os garis servem pra quê, senão pra isso?". Não fosse o excesso de lixo que poderia ser recolhido nos locais apropriados, eles, os garis, poderiam estar em lugares mais diversificados na cidade.
Falando em transporte coletivo (infelizmente ainda preciso disso), temos uma frota mal equipada, onde o que importa é a quantidade de passageiros e não a qualidade. Poucos ônibus têm acentos duplos em ambos os lados, as janelas só têm abertura na parte superior (aqui não é cidade fria), os acentos não são confortáveis e as linhas não seguem os horários corretamente, fazendo com que o motorista quase sempre seja xingado por algum passageiro que esperou além da conta - o que é constante.
O governo atual está tentando melhorar um problema diário - o trânsito, que poderia ter sido feito um planejamento sério e nas administrações passadas. A cidade está crescendo, assim como o volume de veículos também. Algumas vias foram duplicadas e reurbanizadas, porém ainda temos um fluxo lento nos horários de pico, sendo que é pior devido a falta de um planejamento simples, como a sinconização dos semáforos. Não precisa ser engenheiro de tráfego para perceber isso.
A questão de segurança pública é um problema nacional, ou seja, aqui não difere muito dos grandes centros, uma vez que há bairros em que não é recomendado nem passar por perto. Então não preciso citar ou repetir os problemas que todos conhecemos.
Os jovens de hoje não estão interessados em conhecer sobre o meio em que vivem. Só querem saber de sites de relacionamento, bate papos, sexo, drogas e baladas. E é por isso mesmo que me decepciono quando vejo pseudo-estudantes se comportando como completos insanos, já que não têm aprendizado em casa e os pais jogam toda a responsabilidade na escola. Ledo engano.
A vida noturna tem um leque muito pequeno a oferecer. Temos barzinhos bacanas. mas poucos. As casas noturnas têm decorações distintas, porém com som similar. Não há diferença de gênero (falo de música eletrônica) entre elas. Sem falar nos outros gêneros que ninguém merece ouvir dentro de uma boate, uma vez que já possuem outras casas exclusivas para tocar essas variantes, completamente fora do que se conhece por e-music. Então tanto faz como tanto fez ir para qualquer uma. O que difere é o valor do ingresso e o tipo de público. Ah, e o atendimento? Prefiro não comentar... ¬¬
Uma coisa que gosto de falar aos visitantes daqui é: "Temos uma gastronomia muito boa". Sim, temos! Desde o singelo PF [prato-feito] tradicional do Mercado Velho [vale conferir], no centro histórico restaurado às margens do Rio Acre [foto abaixo], passando pela culinária mundial (japonesa, mexicana, italiana, chinesa) até chegar nas junky-foods. Adoro McDonald, mas não troco o bom e saboroso sanduíche do Expresso [Toni, vou cobrar o merchand, viu!] por Big Mac algum. Não possuímos ainda uma comida, um prato característico do Estado, mas utilizamos da comida regional como um forte atrativo aos residentes e turistas. Do peixe à galinha caipira, passando pelos doces de cupuaçú e castanha cristalizada, nossos quitutes dão àgua na boca.
Temos alguns pontos turísticos na Capital - construções antigas, restauradas, parques e museus. No turismo ambiental, não oferecemos muito, uma vez que nossa localizaçao geográfica não ajuda. Possuímos parques com trilhas, mas não dispomos de cachoeiras e corredeiras. Temos Xapurí, terra de Chico Mendes, com uma região belíssima para o turismo de selva, no mato mesmo! Brasiléia, porém, fica numa região de Zona Franca - fronteira com a Bolívia, com um comércio ainda pequeno, mas muito frequentado pelos moradores da capital em feriados prolongados, já que oferecem pousadas muito confortáveis - em ambos os países. Atrativos naturais mais interessantes já ficam em regiões bem mais distantes de Rio Branco, onde o acesso fica restrito aos barcos ou aviões de pequeno/médio porte.
Estamos no extremo oeste da Região Norte. E embora distante do resto do país, o Acre existe sim! e ainda tem muito o que crescer/oferecer. o Estado é jovem, tem 47 anos de emancipação política. Mesmo com algumas limitações, ainda assim vale conhecê-lo. Afinal de contas, grandes personalidades conhecidas mundialmente - boas e ruins - nasceram aqui - algo de diferente e peculiar nós temos, não é!? Então... se você acha que é bairrismo? Que nada, Acre é Brasil também !!
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Moro numa cidade que tem pouco mais de 320 mil habitantes. De certo é uma cidade pequena, porém, pela falta de planejamento ela se torna apertada, como se tentasse crescer dentro de uma quitinete num prédio pequeno, mas com uma área de lazer gigantesca. Rio Branco é assim! Uma cidade com ares interioranos, em crescimento ainda lento, uma vez que o poder aquisitivo da grande maioria ainda é limitado, embora o governo do estado afirme que "a vida melhorou". Estruturalmente sim, só que no centro expandido e regiões escolhidas a dedo. Sempre há algo a ser feito, reparado ou melhorado - e muito.
Culturalmente ainda não se tem a percepção de preservação dos patrimônios públicos e privados. Os vândalos não têm em mente que é do próprio bolso dos pais (pois geralmente vândalo não trabalha) que sái as benfeitorias feitas à população. Isso sem falar do péssimo hábito de jogar qualquer tipo de lixo no chão. Me ferve o sangue quando vejo alguém jogando lixo pela janela de carro ou de transporte coletivo, como se a janela fosse uma lixeira. Mas tem os "do contra" que falam "mas os garis servem pra quê, senão pra isso?". Não fosse o excesso de lixo que poderia ser recolhido nos locais apropriados, eles, os garis, poderiam estar em lugares mais diversificados na cidade.
Falando em transporte coletivo (infelizmente ainda preciso disso), temos uma frota mal equipada, onde o que importa é a quantidade de passageiros e não a qualidade. Poucos ônibus têm acentos duplos em ambos os lados, as janelas só têm abertura na parte superior (aqui não é cidade fria), os acentos não são confortáveis e as linhas não seguem os horários corretamente, fazendo com que o motorista quase sempre seja xingado por algum passageiro que esperou além da conta - o que é constante.
O governo atual está tentando melhorar um problema diário - o trânsito, que poderia ter sido feito um planejamento sério e nas administrações passadas. A cidade está crescendo, assim como o volume de veículos também. Algumas vias foram duplicadas e reurbanizadas, porém ainda temos um fluxo lento nos horários de pico, sendo que é pior devido a falta de um planejamento simples, como a sinconização dos semáforos. Não precisa ser engenheiro de tráfego para perceber isso.
A questão de segurança pública é um problema nacional, ou seja, aqui não difere muito dos grandes centros, uma vez que há bairros em que não é recomendado nem passar por perto. Então não preciso citar ou repetir os problemas que todos conhecemos.
Os jovens de hoje não estão interessados em conhecer sobre o meio em que vivem. Só querem saber de sites de relacionamento, bate papos, sexo, drogas e baladas. E é por isso mesmo que me decepciono quando vejo pseudo-estudantes se comportando como completos insanos, já que não têm aprendizado em casa e os pais jogam toda a responsabilidade na escola. Ledo engano.
A vida noturna tem um leque muito pequeno a oferecer. Temos barzinhos bacanas. mas poucos. As casas noturnas têm decorações distintas, porém com som similar. Não há diferença de gênero (falo de música eletrônica) entre elas. Sem falar nos outros gêneros que ninguém merece ouvir dentro de uma boate, uma vez que já possuem outras casas exclusivas para tocar essas variantes, completamente fora do que se conhece por e-music. Então tanto faz como tanto fez ir para qualquer uma. O que difere é o valor do ingresso e o tipo de público. Ah, e o atendimento? Prefiro não comentar... ¬¬
Uma coisa que gosto de falar aos visitantes daqui é: "Temos uma gastronomia muito boa". Sim, temos! Desde o singelo PF [prato-feito] tradicional do Mercado Velho [vale conferir], no centro histórico restaurado às margens do Rio Acre [foto abaixo], passando pela culinária mundial (japonesa, mexicana, italiana, chinesa) até chegar nas junky-foods. Adoro McDonald, mas não troco o bom e saboroso sanduíche do Expresso [Toni, vou cobrar o merchand, viu!] por Big Mac algum. Não possuímos ainda uma comida, um prato característico do Estado, mas utilizamos da comida regional como um forte atrativo aos residentes e turistas. Do peixe à galinha caipira, passando pelos doces de cupuaçú e castanha cristalizada, nossos quitutes dão àgua na boca.
Temos alguns pontos turísticos na Capital - construções antigas, restauradas, parques e museus. No turismo ambiental, não oferecemos muito, uma vez que nossa localizaçao geográfica não ajuda. Possuímos parques com trilhas, mas não dispomos de cachoeiras e corredeiras. Temos Xapurí, terra de Chico Mendes, com uma região belíssima para o turismo de selva, no mato mesmo! Brasiléia, porém, fica numa região de Zona Franca - fronteira com a Bolívia, com um comércio ainda pequeno, mas muito frequentado pelos moradores da capital em feriados prolongados, já que oferecem pousadas muito confortáveis - em ambos os países. Atrativos naturais mais interessantes já ficam em regiões bem mais distantes de Rio Branco, onde o acesso fica restrito aos barcos ou aviões de pequeno/médio porte.
Estamos no extremo oeste da Região Norte. E embora distante do resto do país, o Acre existe sim! e ainda tem muito o que crescer/oferecer. o Estado é jovem, tem 47 anos de emancipação política. Mesmo com algumas limitações, ainda assim vale conhecê-lo. Afinal de contas, grandes personalidades conhecidas mundialmente - boas e ruins - nasceram aqui - algo de diferente e peculiar nós temos, não é!? Então... se você acha que é bairrismo? Que nada, Acre é Brasil também !!
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7 comentários:
Apoiado!! Meu voto é seu!!!Tá eleito!!!hehe
Tem disso...cidade grande,
problemas quase sempre proporcionais á ela !
Gostei do texto !
É amigão, apesar de ser pequena, estamos em constante desenvolvimento. Dizem q aki é o fim do mundo (ou o começo), mas já é notória a gde paixão do povo acreano por esta terra... Abraços.
gostei do texto, to te seguindo aqui também :D
http://blogmultitematico.blogspot.com/
acho muito bacana que você traz esse conhecimento do norte pra gente! muito bom.
Finalmente consegui acessar seus comentários, da última vez, quis comentar e esse maldito quadro branco não aparecia, de jeito nenhum...pirado né?
Pois é, sempre tem o que melhorar, e muito, como você mesmo disse, no caso do Brasil. Quanto a vândalos destruírem o patrimônio público, tem em todos os lugares, aqui em Porto Alegre, passou uma reportagem sobre os muros e paredes pixadas...chega a dar uma dor de ver...e gente jogando lixo, é gente ignorante, que não pensa...o jeito é sempre a educação, se ensinassem em casa ou na escola, como se fosse algo do currículo, educação ambiental, certamente as criança até ajudariam a reeducar os adultos...mas as mentes são fracas...ng se interessa em educação...
Pois é, educação é um jogo de empurra entre os pais e a escola...eu rio horrores (apesar de ser trágico) olhando super nanny. Meu Deus, que mãe que não sabe que se der um ovo frito as 10 da manhã, ao meio dia a criança não comerá nada? E onde está o bom e velho tapa ahahahahhah, não sou a favor de bater, e sim de punir...de alguma forma...(não necessariamente com tapetes ou sofás de castigo ahahahahah) criança não tem noção de certo e errado e os pais precisam dar isso, pais não tem que ser amigos e sim os que ensinam...e isso nem sempre permite concordar sempre.
Bah, gostei, deu vontade de conhecer seu Estado, sempre digo que temos lugares belíssimos aqui mesmo, mas as vezes até mesmo os Brazucas fazem descaso com o país...ehehhe.
Abração!
Fábio.
Cara, você acha que uma cidade ter 320 mil habitantes pequena, nem digo sobre ter apenas 48 mil habitantes como é a minha cidade...
Fique com Deus, menino VDJ.
Um abraço.
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