Quase sempre me
pergunto isso.
Quando devemos saber a
hora de parar, de não dizer, de desistir, de recuar, ou mesmo abrir mão de algo que julgamos
ser exclusivamente nosso?
Não venho questionar motivos
ou justificativas como religião, crenças, culturas ou criação, que possam vir a
influenciar tal atitude. Penso sempre sobre o que isso vai refletir daqui pra
frente assim que o fizer. Confesso que já tive que “sair de cena” por medo,
outras vezes por imaturidade. E na teimosia também já insisti em ficar no palco,
achando que minha vez seria reconhecida... mas não foi.
Sair de cena pode vir a
ter seu lado bom, quando você consegue enxergar que será melhor pra você. Mas na
maioria das vezes é amargo o gosto de saber que o recuo foi necessário, pois no
fundo ainda tínhamos aquela esperança de que poderia ter tido um pouquinho mais
de tempo e que teria seu lado positivo.
Abrir mão para que outra
pessoa tome o lugar também não é fácil, mesmo que isso custe noites e noites de
insônia e travesseiro molhado. Recuar num emprego que talvez te desse uma chance
de crescimento também não é fácil. Deixar de dizer algo por questão de
princípios ou sei lá... Nem videntes saberiam se tudo isso é válido. Bom,
em certas circunstâncias pode até ser que sim, por generosidade, por razões das
quais cada um vai saber quando passar por situações afins.
Se isso for uma atitude
madura, poucos a têm. Não é fácil desistir de um sonho, de alguém, de uma
oportunidade assim do nada. Razões podem existir das mais diversas, porém a
decisão final vai ser sempre sua e você só vai saber as consequências depois de
ter tomado.
Tá, e depois de tanto
blá-blá-blá, eu pergunto:
E você, já precisou sair de
cena alguma vez?
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